Deserção e Baixa Frequência em Loja

Categoria: Destaque Publicado em Sábado, 21 Setembro 2013

Os principais problemas de todas as Lojas são sempre os mesmos de toda a Maçonaria: deserção e baixa freqüência dos IIr.:.
Entendo que o iniciado abandona a Ordem, porque teria sido atingido por três males que, para simplificar, os identifico como: dois de nascimento e um de crescimento.


De nascimento: o mal escolhido (o candidato foi indicado por ser amigo do proponente e não por ter vocação; segue-se uma sindicância imperfeita); e o mal iniciado (cerimônia com passagens bisonhas; gracejos; visita a lugares estranhos).
De crescimento: o mal instruído (pobreza didática dos instrutores; falta de leitura dos clássicos maçônicos; acesso a invencionices e achismos). Este último item se agrava com a pressa na concessão de “aumento de salário”. Ensinar “é transmitir conhecimento”. Dispensar interstício é, assim, por demais prejudicial à formação do iniciado maçom.


Em relação à freqüência, ela tem uma forte vertente: as motivações. O maçom deve ir à Loja por amor e não por obrigação. O Venerável tem que ser um líder, que entusiasma seus obreiros.
A loja tem que ter projetos (metas e meios) que não só tenham a ver com a formação de seus quadros, mas também se refiram à sua ação filantrópica e social, em cuja execução todos se envolvam.


A monotonia é cansativa e estressante. Mas a reinvenção é animadora e cativante. A maçonaria não é o ócio. É o fascínio da lapidação do principal produto do Criador – o homem, tornando-o um “construtor social”.
A recomendação das sagradas escrituras é de que, em cada dia, precisamos renascer. Pois a vida é ação. É trabalho. Quem se entranhou de maçonaria sabe o quanto ela é superior dentre todas as organizações humanas.
Lutar pela permanência dos irmãos, freqüentes e em atividade, no seio da Fraternidade, é uma missão relevante do maçom. Deixar de fazê-lo, é “mais do que uma infidelidade. É um perjúrio”.


As realizações maçônicas não foram e não serão medidas pelo número dos seus membros e sim pela capacidade que eles tiveram ou venham a ter no domínio de forças fenomênicas, nem sempre visíveis ou sensíveis. Se uma escada fosse composta pelas três formas do Conhecimento Humano, o degrau de cima seria o da Filosofia, o do meio, o da Ciência e o primeiro, o da Tradição.


A Maçonaria independente do número de obreiros evoluiu por essa escada e se perpetuou como tem evoluído e se perpetuado no tempo. Exatamente porque exaltando a Tradição como a sua força propulsora, ganhou um conhecimento maior e também um maior domínio das demais forças da Mãe Natureza, possibilitadas que foram pelo Saber em todas as suas formas de Conhecimento.


A Tradição é o primeiro degrau a ser escalado. Foi assim no começo com uns poucos e também poderá e deverá sê-lo por todo o sempre com qualquer número, nada havendo, pois a temer em razão de vazios, desde que os antigos costumes sejam respeitados e preservados.
Ir.'. Dagoberto Ladeira Machado

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